D. António dos Santos, bispo do Porto, falecido em 11 de Setembro, na Casa Episcopal, tinha concedido, dois dias antes à Agência ECCLESIA aquela que viria a ser a sua última entrevista, propondo um “caminho de serviço” da Igreja à sociedade.
“A ação socio-caritativa da Igreja é a capacidade de lermos a realidade e de escutarmos o mundo, também a disponibilidade para darmos resposta às novas formas de pobreza”, referia D. António Francisco dos Santos, que tinha assumido recentemente a presidência da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
O bispo do Porto falou da necessidade de atenção aos mais pobres, às famílias e ao reforço do poder local. “A Igreja tem de estar muito presente nesta vanguarda da Missão”, defendeu.
D. António Francisco dos Santos propunha a capacidade de conjugar esperança e realismo, para unir esforços na resolução dos problemas, sem o “idealismo de um otimismo fácil”. “Não podemos esquecer aqueles que mais precisam, os que mais sofrem, aqueles em que ninguém pensa”, sublinhava, elogiando a liderança do Papa Francisco neste campo. “Quando temos vontade de fazer o bem e nos unimos para o fazer em conjunto, conseguimos dar respostas reais aos problemas reais”, acrescentou.
O bispo do Porto refletia sobre a necessidade de reforçar o poder autárquico, para “construir um Portugal melhor”. “O serviço dos autarcas, quando realizado com tónica e dimensão d ...
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