Já se passaram muitos anos em que o uso de carpideiras por todo o país era uma prestação de serviços vulgar. Os pobres choravam sempre os seus mortos, havia por vezes berros, acompanhados de palavras que recordavam os feitos e as virtudes de quem partia e, eram assim “descritas” as últimas horas, entre os vivos, dos falecidos. Os mais abastados, os mais introvertidos pela perda de familiares, chamavam as carpideiras – a quem pagavam – para fazerem o pranto da perda, até que a pessoa descesse à tumba.
Como se sabe, se vê e se ouve, neste século XXI temos também as carpideiras, não de mortes reais, mas de mortos políticos, onde, sempre que lhes é possível exercem o carpir, pela frente ou pelas costas dos emprateleirados, porque, são afilhados.
Estas carpideiras actuais, não param, não perdoam e, o que ainda é pior, tentam fazer dos outros asnos, ingratos e não merecedores do ar respirado de quando esses exerciam o poder. ...
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