Não podia voltar a repetir-se, mas repetiu-se. Reapareceu – a legionela - e continua a ceifar vidas, agora em locais – hospitais públicos – onde, ironicamente, se devem tratar ou curar, e não apanhar, as doenças. Repetiram-se, em outubro, os incêndios infernais de junho e, ambos, varreram o país e deixaram um lastro de destruição e morte. Estas tragédias trouxeram à tona um país desamparado, isolado e ao–Deus dará, década a fio vitimizado e abandonado à sua sorte pelos governos e pelas entidades públicas. Afinal o Estado falhou na mais básica das suas tarefas: proteger a vida dos seus cidadãos. Aliás, depois das imagens do drama, da tragédia, do horror – ainda se lembram? - ficamos com a terrível sensação que estamos entregues à bicharada. Basta lembrar o amadorismo do Governo na gestão política dos acontecimentos trágicos. O desacerto e o caos revelados são alarmantes e constituem, certamente, um caso de estudo e um sério contributo para os anais da ciência política. A maior desilusão foi o 1º ministro, recorrentemente apelidado de hábil pelos correligionários mas que se tem revelado um péssimo gestor de crises.
Mais fama que proveito. A descoordenação e a incapacidade da Protecção Civil em socorrer as populações lança íntimo de cada português um rasto de medo e insegurança sempre que acon ...
Comentários
Comentar artigo