Opinião
BICADAS DO MEU APARO
Férias a pilhar
Normalmente os portugueses, nesta época do ano começam a programar as férias. Também sempre assim fiz, e, como aposentado do Estado, mais tempo possuo para programar as férias, a vida. Mas, por medos e incertezas provocadas por quem nos tem desgovernado, já gozei as férias do presente ano neste passado Janeiro. Mas diferentes: férias de borla e a pilhar.
Assim, iniciei-as sem horários e sem transporte, deixando que o cérebro e o resto do meu cadáver-na-vertical, gozassem férias à antiga, e segundo a miséria em que nos colocaram, governantes e troycadas.
Confirmada então a necessidade dessas férias, avancei e recordei a vivência da vida nos meus vinte anos. Visto o filme, revivi esse passado, embrenhando-me nele, sem saudade alguma. Ao acordar para o presente, com ironia sorri, porque corro riscos de, jamais, ter a vida de há quinze anos atrás: confiança no futuro, para, com todo o temor agora, pensar que posso regressar há (passada) segunda República ou ao Processo de Revolução em Curso, de 1975.
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