Opinião
BICADAS DO MEU APARO
As dúvidas do futuro
Completaram-se dois anos da tomada de posse como presidente da República, de Marcelo Rebelo de Sousa. Quem esteve atento ao seu (então) discurso de posse, recordará que pedia “redescobrir diálogos; recriar convergências; refazer entendimentos; reforçar a coesão nacional; conciliar crescimento, emprego, justiça social, viabilidades financeiras”, etc.
O presidente Marcelo sabia que tinha pela frente um primeiro-ministro que rompeu com a tradição democrática, isto é, não olhou a meios para ser líder de um Governo não eleito através do voto, mas fazendo “a golpada de uma maioria parlamentar” com os partidos da extrema-esquerda, marimbando-se para os resultados finais das eleições legislativas de 2015. O presidente sabia, que António Costa não era primeiro-ministro com programa próprio do PS, mas com uma mistura de ideologias pró-comunistas, que o empurravam para o despesismo. O presidente sabia que com a Geringonça, as dificuldades para fazer reformas surgiriam, dinheiro para as fazer não tinha e pedir dinheiro emprestado não era solução. O presidente sabia que as gorduras do Estado não seriam resolvidas e que os graves problemas de financiamento nas áreas da saúde e da segurança social, só por milagre se atenuavam.
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