O ser humano deve ao outro uma profunda Gratidão. Sem os outros seremos fantasmas errantes na vida. Com eles formamos uma Comunidade Global onde não podemos ser indiferentes ao desenvolvimento das sociedades, culturas, comunidades e gentes; devemos fazer o esforço de focar a atenção nos mais frágeis, portadores da DOR porque todos passaremos pela experiência do sofrimento sob uma ou outra forma que dói.
Grande parte das pessoas alheou-se do próximo; envolveu-se numa redoma que vai do umbigo ao coração, passando pelo cérebro atrofiado nalgumas cronaxias desligadas “da residência dos afectos”. Daí que não se conhecem a si mesmos e muito menos serão cireneus de alguém.
É nos momentos adversos, quando carregamos a cruz, que vemos a ausência de luz dos que desistiram de nós. É um amargo cálice que se bebe nesse abandono rezando: “Se os amigos me deixarem em caminhos de miséria e orfandade/Nada temo porque o Pai está comigo” (Liturgia das Horas). Sofremos abraçados à Cruz de Jesus, de forma radical e profunda, no limite das forças, enquanto homens da dor, clamando: ”Meu Deus! Porque me abandonastes”? E Deus estava lá. Esteve sempre lá!
O abandono dos doentes à sua dor é um pecado de todos; a vida partilhada tem o sabor da alegria na dor. Uma vida solidária é uma vida que atravessa o pátio da dor e lhe dá cor! A ...
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