Habituei-me, desde muito pequeno, à beleza ímpar do Parque Florestal de Vieira! Os meus olhos, desde essa altura, aprenderam o significado de policromia. Por outras palavras, foi ali que aprendi o modo como a natureza ia pincelando e matizando, com as mais variadas cores, cada pedaço de chão, cada pétala de flor, cada folha de árvore…
A cada estação do ano, as respectivas cores… Se na Primavera as cores eram vivas e garridas, no Outono, deixavam-se esmaecer e tornavam-no fulvo e amarelecido, a despertar uma nostalgia romântica… E nem quando o Inverno o fustigava, expondo-lhe a nudez dos troncos e ramos das árvores, nem assim lhe roubava aquela beleza inefável!
E que alegria quando o Professor de Português, o açoriano Mendonça, nos dizia:
- Meninos, hoje a aula é ao ar livre, vamos para o Parque…
Outras vezes, íamos, com o Professor de Desenho, apanhar folhas caídas, para depois as desenharmos numa folha em branco; ou as inesquecíveis aulas de ginástica no rinque de cime ...
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