Podemos entrar neste filme pela lente partida da máquina fotográfica a fingir de Lu, a filha surda-muda daquela família. Uma lente que faz lembrar as teias onde as aranhas apanham, prendem e comem outros insectos. É disso que se trata neste filme: o Estado, no seu suposto zelo de cuidar das crianças melhor do que a família, cegamente e violentamente, vigia, julga e retira os filhos aos pais.
O filme é realizado com magnífica mestria pela portuguesa Ana Rocha de Sousa – é mesmo a sua primeira longa-metragem – mas passa-se em Inglaterra. Esta referência é importante pr ...
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