Novembro é, mais do que todos os outros, um mês apropriado para entrar num cemitério. E eu fui. Um dia de vento e chuva, pois o «Verão de S. Martinho» não costuma ser rigoroso em pontualidade.
E vi-os. Alguns de bigode, outros com óculos. Algumas com aqueles lenços de aldeia nas cabeças; outras com penteados de cabeleireiro, agora já tão inúteis como os lenços. Uns com os nomes da moda, outros com nomes que já foram da moda.
Tão diferentes uns dos outros nas idades, nas fotos, nas datas – sempre duas, sempre só duas – que lemos junto dos nomes.
Mas tão igualados na morte, tão igualmente despidos de ...
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