O discurso final do Papa Francisco era o momento mais aguardado da cimeira inédita de quatro dias que juntou no Vaticano 190 líderes, entre os quais 114 presidentes das conferências episcopais de todo o mundo e outros bispos e superiores de congregações religiosas, para debater a responsabilidade da Igreja Católica nos abusos sexuais praticados por membros do clero.
Francisco começou por destacar que “o flagelo dos abusos sexuais contra menores é um fenómeno historicamente difuso, infelizmente, em todas as culturas e sociedades. Mas, apenas em tempos relativamente recentes, se tornou objeto de estudos sistemáticos, graças à mudança de sensibilidade da opinião pública sobre um problema considerado tabu no passado, ou seja, todos sabiam da sua existência, mas ninguém falava nele”.
“Isso traz-me à mente também a prática religiosa cruel, difusa no passado nalgumas culturas, de oferecer seres humanos — frequentemente crianças — como sacrifícios nos ritos pagão ...
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