Foi uma das fotografias icónicas daquele Março de 2013: dia 22, nove dias após a eleição e três dias após a celebração de início de pontificado, o Papa Francisco celebrou missa com os jardineiros e empregados da recolha do lixo do Vaticano; no final da missa, enquanto alguns dos funcionários do Estado pontifício permaneciam nos bancos, Francisco sentou-se atrás, num momento de oração. O lugar, no entanto, era inusitado para a época: o então novo Papa passara a residir na Casa de Santa Marta, alojamento temporário para pessoas que vão trabalhar por algum tempo na Santa Sé, e decidira celebrar diariamente a missa com fiéis. A iniciativa iria tornar-se uma das marcas do pontificado, com a homilia matinal do Papa a ser, muitas vezes, tema de notícia a partir das leituras bíblicas de cada dia e da reflexão de Francisco sobre elas.
“Nós somos os invisíveis”, disse na altura Luciano Cecchetti, responsável pela jardinagem e limpeza, num momento agora recordado pelo Vatican News.
“Encontrar-se diante do Santo Padre, numa missa para nós, é algo que não acontece todos os dias. Eu olhava ao redor e via o rosto dos funcionários: todos saímos um pouco com os olh ...
Comentários
Comentar artigo