50 Anos Jornal de Vieira  1972 - 2022

Opinião

BICADAS DO MEU APARO

Tempestades que não perecem

          
BICADAS DO MEU APARO

Perguntando-se à grande maioria dos portugueses o que quer dizer a palavra saudade, estou que não responderão com facilidade. Canta-se saudade, poetiza-se saudade, fala-se de saudade, filosofa-se até, mas, a palavra saudade – quanto ao meu sentir –– “é o que fica (de bom) de quem parte”. Por isso, tendo cabimento este meu sentir saudade, é-me impossível não ter saudades desse gigante político que foi Sá Carneiro, destruído fisicamente por raquíticos e secretos políticos, há já vários anos.
Sá Carneiro respeitava-se a si mesmo em primeiro lugar. Ao contrário de Veiga Simão, recusou ser ministro da Justiça, no Estado Novo de Caetano, sem que se caminhasse para a democracia, exigiu; fundou o PSD ao lado de Pinto Balsemão e era leal aos seus pares; foi leal ao povo e, com convicção, lutou pela democracia pluralista, justiça social e era inimigo de compadrios e monopólios. Sá Carneiro conhecia o país. Logo, se, “o que fica (de bom) de quem parte, é saudade”, é sentimento que jamais (em nós) morrerá.


Este intróito para afirmar que os social-democratas portugueses do PSD, nunca os lideres que surgiram, chegaram aos tornozelos do homem acima citado. Não tem interesse hoje, escrev ...

A sua assinatura expirou, ou não está autenticado!
Escolha agora uma assinatura; ou se é assinante, autentique-se para ler artigo completo.

Comentários

  Comentar artigo

Nome

Email

Comentário