A sociedade portuguesa gera rotação no poder quando o dinheiro acaba, como vimos em 2002 ou em 2011. Mas já não gera alternativas, como constatámos em 2015 com o regresso dos colegas de Sócrates.
Tal como todos os políticos, a eurodeputada Ana Gomes chegou a algumas conclusões sobre o caso Sócrates-Salgado. Mas ao contrário de todos os outros políticos, não as guardou para si ou para os seus amigos. Disse-as em voz alta, este fim de semana: “o Partido Socialista prestou-se a ser instrumento de corruptos e de criminosos”, e avisou que quer o congresso do PS a discutir porque foi assim. “Pela regeneração do próprio PS, da política e do próprio país”.
Alguém dirá que é muita coragem para uma militante socialista. Mas Ana Gomes não é apenas a única socialista a dizer o que pensa sobre o caso Sócrates-Salgado. É mais do que isso: ...
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