Quem se lembra da publicidade televisiva à Caixa Geral de Depósitos (CGD) com o antigo selecionador nacional de futebol, Luiz Felipe Scolari? Jogando com as diferenças das palavras entre Portugal e o Brasil, rematava: “Banco é fácil! Banco? Banco é Caixa!” Uma corja nepotista de banqueiros, políticos, empresários e investidores pouco idóneos terá levado isto tão a sério que facil(mente) (en)Caixa(ram) uns quantos milhões que agora os contribuintes lorpas - é assim que eles nos veem - estão e continuarão a pagar com língua de palmo. Hoje, Portugal sabe que num tempo de crise financeira e um país endividado, e um Banco de Portugal, o supervisor, “a comer do sono”, a CGD também entrou nos festins milionários da Banca. Enquanto os portugueses andavam - e continuam a andar - entretidos com futebóis e programas de voyeurismo e lixo televisivo, uns quantos chicos-espertos, impecavelmente vestidos e barbeados, oportunistas perfumados com “chanéis” e outros quejandos, num círculo suspeito de troca de favores, iam espoliando uma CGD e uma pobre pátria de um povo continuamente distraído e resignado. Hoje sabemos que a súcia elitista e privilegiada de “gente sábia”, condecorada e mediática, que manda no nosso país, banqueteou-se a seu belo prazer e saiu sem pagar a conta. Recentemente, um ex-presidente do Banco de Inglaterra dizia que “os bancos tornaram-se demasiado grandes para falir, demasiado grandes para gerir e demasiado grandes para [os banqueiros] serem presos”. Crime sem castigo? É o que está a acontecer em Portugal. Os grandes caloteiros, criminosos ou não, andam impunes e continuam com uma vida faustosa de grande estilo. Gozam, eu assim me sinto, autenticamente com um país que foi obrigado a tapar os buracos dos roubos e com uma Justiça enferrujada, incapaz e paralisada. Quem acredita num país ou numa democracia assim?
A recente auditoria à Caixa Geral de Depósitos não deixa margem para dúvidas! Em prejuízo dos portugueses, ao longo de décadas a concessão de créditos volumosos aos “amigalhaços”, ...
Comentários
Comentar artigo