O título é citação do artigo “Suicídio demográfico / é preciso reverter a obsessão antinatalista”, do médico Fernando Maymone Martins, publicado no jornal online Observador. Falar do aborto continua a ser praticamente tabu entre nós. Há uma cortina de censura que inibe que se fale disso na comunicação social. A notícia mais recente que passou, talvez porque era favorável, foi a de que o The Great Decrease espalhou cartazes por várias localidades do país congratulando-se com a baixa natalidade em Portugal. Como se isso fosse um feito de que o país se pudesse orgulhar… Respeito a opção das mulheres que assim pensam, lá terão as suas razões, cada um tem atrás de si as marcas do seu passado. Não somos todos iguais em termos endocrinológicos, mas a maternidade, em si mesma, faz parte do sentir humano, faz parte do plano que vem impresso na nossa própria natureza, da transmissão do mistério da vida através do amor. Haverá algo mais belo do que gerar a vida através do amor, ver-se continuado no sorriso e no amor de uma criança?
1. Olhando para a crise da natalidade sobre diversos ângulos, Fernando Martins escreve que o quadro da insustentabilidade da Segurança Social daí decorrente é “uma ameaça pend ...
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