Aquando da minha tomada de posse no Ministério da Finanças, o chefe dos serviços, finda a cerimónia, alertou-me de que no dia seguinte teria de entrar ao serviço de gravata ao pescoço e munido de uma caneta para escrever, porque (ela) seria a minha sachola profissional. Sorri e disse “tudo bem”. Mas uma caneta de tinta permanente naquele tempo, podia ter vários preços e era apenas uma caneta. Nesse meu primeiro dia de trabalho, fiquei a saber também de que deveria trazer de casa um rolo de papel higiénico. Claro que não me indicaram a qualidade do papel, da gravata e da caneta.
Se podemos dizer que o Estado Novo tinha as suas formas de fugir a despesas e que, explorava os seus trabalhadores, estranho é saber-se que os”democratas-defensores-dos-trabalha ...
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