1.“Nada vai ficar como antes…” é a frase que, em sobreaviso, esta epidemia nos deixou. Tem-se repetido vezes sem conta, mas parece que poucos acreditam nela. É verdade que não é fácil mudar de representação de padrões de vida, sobretudo quando já se tinha adaptado a certo status social. O que mais se ouve, em cada telejornal, são queixas dos que não sabem que voltas hão-de dar à vida… E, então, viram-se para o Estado a pedir ajuda para o reerguer de novo. Oxalá haja a capacidade de ajudar a renovar a capacidade produtiva e de emprego, mas sem esquecer de preparar o caminho único: inovação e adaptação. Recomeçar de novo e, em muitos casos, diferente. Por exemplo, há poucos meses atrás, o negócio de compra e venda de casas e aluguer de casas de habitação de turismo centrava-se nas cidades e foi o eldorado para muita gente. De repente, a epidemia mudou as condições de vida e afugentou toda a gente dos grandes aglomerados populacionais e agora o foco de turismo e compra de casas é na aldeia, em local isolado, onde se sintam mais protegidos do risco de infecção do coronavírus. Todos os que podem fogem para as aldeias, exactamente o movimento oposto ao que era antes. Sorte das aldeias que assim podem recuperar uma vida nova, embora com medo que lhe levem a contaminação…
2. Esta epidemia veio mostrar como, de um dia para o outro, muitas tradições tidas como certezas indiscutíveis caíram como castelos de cartas. Diante do perigo de vida, toda a gent ...
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