À semelhança de quase todas as Vilas, que se ufanam de possuir um Café Central, também quase todas as aldeias possuem um largo!
Assim, também a minha pequeninha aldeia de Vila Seca tinha um largo! O largo da Carreira! Largo que não era apenas o centro da aldeia, mas sim o centro do mundo. O centro do nosso pequeno mundo, que não ia além do que os nossos olhos alcançavam, rodeados que estavam pelo dorso das montanhas em redor.
Só quando ousávamos subir ao alto do Crasto, trepando por entre a disforme penedia, tínhamos a sensação de que o mundo era um pouquinho maior, e o sol demorava mais tempo a fugir dos nossos olhos, arrastando a linha do horizonte para mais longe.
Lá ao fundo, no largo, o mundo cabia-nos na palma da mão!
O largo da Carreira, com o seu fontanário, rodeado de casinhas toscas, na encruzilhada de rudes caminhos de terra batida, que no Inverno se enlameavam, era o centro da brinca ...
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