Nada indicava que a Igreja Católica em Portugal saísse tão rapidamente da letargia em que mora, há muito, sobretudo no que respeita a abusos sexuais de menores, praticados por um clero infantilizado e doentio. Das hesitações na assembleia plenária de Fátima, no dia 11 de Novembro, à mão determinada do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, bispo de Setúbal, em menos de um mês, a 2 de Dezembro, constituía o que parecia impossível: uma comissão independente e autonomizada da Igreja Católica.
O pedopsiquiatra Pedro Strecht era escolhido para presidir à nova Comissão. Tinha como objectivo “dar voz ao silêncio” e, com passos pedagógicos, “conhecer o passado e planear o fu ...
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