50 Anos Jornal de Vieira  1972 - 2022

Editorial

Férias
Rezar junto ao mar

A certa altura, mais ou menos a meio do Evangelho, na parábola do semeador, São Mateus escreve: “Jesus saiu de casa e foi sentar-se junto ao mar” (Mt 13,1).
Fico a pensar nas multidões, pequenas migrações de milhões de pessoas, que em tempo de férias, repetem este gesto de Jesus. E, todavia, regressam a casa, em cada dia, ou no fim dos dias de férias, em cada ano, ainda mais cansados.
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Os abusos no “contexto” do Grupo Vita

Conhecemos o trabalho desenvolvido pelo Grupo Vita sobre abusos, sexuais e outros no “contexto da Igreja Católica” pela entrevista e declarações da Coordenadora, no Programa 70 X 7 , na TV 2, do dia 16 de Junho e a apresentação pública que teve lugar em Fátima, dois dias depois.
Li as notícias e ouvi o vídeo publicado pela Agência Ecclesia e senti o dever de tornar público o que penso e alertar a Igreja (que somos todos os fieis católicos) para o perigo de estarmos a ficar insensíveis aos ataques à doutrina que devemos conservar e transmitir.
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Cristo no meio de nós

Havia, passados já bas­tan­tes anos, um lugar de uma freguesia muito afastado do coração daquela terra minhota, mas bastante populoso, de modo que o pároco, com dificuldade e sacrifício que exigiam os escassos transportes da época, deslocava-se lá to­dos domingos, depois de uma penosa caminhada, para lhes celebrar a Missa dominical. Reportamo-nos a um tempo em que não havia, como hoje, a facilidade e rapidez de transportes.
Aquela simples e boa gente vivia isolada no monte, entregue à pastorícia e ao cultivo sáfaro dos terrenos, transmitindo os conhe­ci­mentos da fé ao calor da lareira.
Como porém, a Igreja es­ta­va fechada toda a semana, no Sacrário não ficava re­servado o Santíssimo Sa­cramento.
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Reconheceram-n’O ao partir o Pão

O 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que se vai realizar em Braga, a “Roma Portuguesa”, de 31 de maio a 2 de junho, assumiu como tema: «Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. “Reconheceram-n’O ao partir o Pão” (Lc 24,35)»
S. Lucas narra-nos como dois discípulos caminhavam de Jerusalérm para Emaús, a cerca de12 quilómetros de distância da Cidade Santa, profundamente desanimados e desiludidos. Esperavam um triunfo de Cristo a Quem tinham seguido e, afinal, tudo acabara no sepulcro de José de Arimateia.
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50 ANOS DA REVOLUÇÃO DE ABRIL

Portugal está a cele­brar 50 anos da Re­vo­lução de 25 de Abril de 1974 com efemérides agendadas e preparadas desses os primeiros dias de 2024. Uma revolução levada a cabo pelos chamados “Capitães de Abril”, um grupo das Forças Armadas de Portugal que naquela madrugada pôs termo a um regime político fascista, monopartidário que amordaçou o país du­ran­te 48 anos e privou de liberdade política e social impeditiva da democracia.
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PÁSCOA: “tu não morrerás!”

Na madrugada da Ressurreição, Maria Madalena dirige-se ao sepulcro onde está o Redentor. Nem a tristeza, que lhe invade o coração e a alma, nem a penumbra da noite escura a detém. Corre, apressadamente, ao sepulcro e, ao contrário das narrativas evangélicas de S. Marcos e S. Lucas, [que dizem que as mulheres “compraram perfumes para irem pôr no corpo de Jesus (Mc.6.1) ou “levaram os aromas que tinham preparado e foram ao sepulcro” (Lc.24.1)] a narrativa de S. Mateus diz apenas que “depois do Sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Ma­dalena e a outra Maria foram ao túmulo” (Mt.28.1). Dirigiram-se ao sepulcro, não levando nada consigo, apenas a história da libertação e da vida que o crucificado outrora lhes ofereceu; apenas o horizonte novo de vida que então conheceram e que não pode morrer.
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Procuram-se “amigos e lavadores de pés”

Prestes a concluir o itinerário quaresmal iniciado na Quarta-Feira de Cinzas, a litur­gia da Quarta-Feira Santa introduz-nos já no clima dramático dos próximos dias, permeados da recordação da paixão e morte de Cristo que vamos comemorar na próxima semana, a Semana Maior, Semana Santa.
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Os Santos Passos

A celebração da via-sacra, outrora tão enraizada na piedade popular, dado o seu conteúdo espiritual, teoló­gi­co e pastoral, permite-nos penetrar simultaneamente na Paixão de Cristo e no Mistério da Ressurreição.
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Quaresma

“Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”

Na mensagem para a Quaresma 2024, que ontem (14 de Fevereiro, quarta-feira de cinzas) começou, o Papa Francisco reconhece que a humanidade de hoje atingiu “níveis de desenvolvimento científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir dignidade a todos”, mas o risco é que, sem rever os estilos de vi­da, se caia na “escravidão” de práticas que arruínam o planeta e alimentam as desigualdades.
“Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”.
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A Inteligência Artificial e o futuro dos jornais

Estimado assinante

Iniciamos esta crónica de Ano Novo com a saudação de “estimado assinante”, não para lhe vender um novo produto ou pedir para cumprir a sua anuidade no início do ano, e não no fim, como ainda muitos o fazem, mas para lhe dizer um “sentido obrigado” por estar a ler este editorial, excepcionalmente mais longo que o habitual. Um gesto que significa que iniciamos uma conversa com um assinante que comprou e está a ler um jornal, em suporte físico ou digital. Um facto que, aparentemente trivial, reveste-se de importância capital para os dias e os crises que atravessa imprensa regional em papel, com a chegada da “inteligência artificial”. Ele significa que “acredita no papel do jornalismo e percebe o quanto ele é essencial ao bom funcionamento de uma democracia” (Marques Lopes).
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