Igreja
Quem nos acode em tanta solidão?
É uma iniciativa pioneira a nomeação recente, no Reino Unido, de uma ministra da Solidão, para enfrentar uma “triste realidade da vida moderna” e que já faz sofrer a mais de nove milhões de britânicos.
A ministra da Solidão, Tracey Crouch, terá como missão combater um fenómeno que está associado a problemas de demência e de mortalidade precoce, com custos de 2,8 mil milhões de euros por ano.
A realidade portuguesa é menos grave do que a do Reino Unido, assegurava, à Rádio Renascença, Lia Fernandes, médica psiquiatra e investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, da Universidade do Porto, na área do envelhecimento e da solidão.
“A nossa cultura é ligeiramente diferente da cultura que se vive no Reino Unido”, lembrava. Uma “estrutura familiar provavelmente bastante mais forte” do que a britânica e “níveis de coesão bastante mais elevados” ajudam a criar uma “rede de suporte, da família ou dos familiares da rede de proximidade, ainda com uma expressão bastante importante”.
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