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Opinião

As Andorinhas de S. Bento

          

Quem no fim-de-semana de 2 e 3 de Setembro visitou o Santuário de S. Bento para louvar ao Santo, na Cripta, com o seu magnífico e imponente tecto de madeira, prostrando-se perante a estátua, pôde apreciar o brilhante espectáculo: milhares de andorinhas exibiam-se, em frente das grandiosas janelas para o outro lado do vale, em demonstrações artísticas, numa composição quase irreal, voando da direita para a esquerda e ao contrário, de cima para baixo e inversamente, abruptamente em todas as direcções. O olhar humano teria certamente dificuldade em acompanhar este cenário da força natural dum jogo sem gravitação. É quase um milagre a orientação que as andorinhas têm que, a esta velocidade incrível, não choquem umas com as outras e nem se coloquem em perigo mutuamente. Nenhum pássaro possui tantas capacidades artísticas, executando fabulosamente com as suas figuras elegantes e formas aerodinâmicas, um conjunto de vitalidade e alegria de simplesmente ser e viver, característico de um animal. Quem olha intensivamente para este turbilhão de aves, fica tonto e com o sentimento de elevar-se também, seguindo os selvagens passarinhos.
Fora da igreja podem ver-se estas aves em quantidades de milhares apoiadas nas paredes do grande Santuário. Algumas partem, outras aterram, velozmente vão e vêm. Vida pura a gorjear indefinidamente, uma tolerância significativa da natureza.


Que se passa aqui? Que fazem aqui tantas andorinhas em massa? Estamos no início de Setembro, tempo de migração para os pássaros de arribação. Como vivem principalmente dos insetos, ...

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