Em Portugal continuam a escassear os estudos de grande escala que analisem a interdependência entre o cuidador e a pessoa cuidada em termos económicos, sociais e de saúde. O Estado tem-nos ignorado e a aprovação do estatuto do cuidador informal continua na gaveta do esquecimento.
A estimativa da EuroCarers, uma rede de organizações a nível europeu, aponta a existência use 827 mil cuidadores informais em Portugal: esquecem-se de si, trocam as voltas à vida, deixam o emprego para cuidar dos pais, filhos ou cônjuges.
A temática dos cuidados informais, nos últimos anos tem sido bastante debatida, desde os impactos que esta tarefa pode ter do ponto de vista individual e familiar, até aos seus contornos do ponto de vista político, económico e social. Em particular, destaca-se a discussão parlamentar para a criação do Estatuto do Cuidador Informal e que a par disso tem trazido para o debate público uma questão central: quais as necessidades dos cuidadores e das pessoas cuidadas, e que apoios recebem do Estado estes cuidadores informais que na maioria dos casos trabalham 24 horas por dia e 365 dias por ano?
Sabe-se que a existência de cuidadores informais, em particular aqueles que têm a seu cargo pessoas idosas, está associada a um menor risco de eventos adversos como quedas, hospi ...
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