50 Anos Jornal de Vieira  1972 - 2022

Opinião

BICADAS DO MEU APARO

A mentira adoece a democracia

“Vencereis, mas não convencereis. Porque convencer significa persuadir e para persuadir necessitais de algo que vos falta nesta luta: verdade, razão, emoção e moral”. (Miguel Hunamuno – 1936).
A mentira adoece a democracia e a corrupção mata-a.
É a realidade em Portugal: os governantes e políticos, salvo raras excepções, mentem, e distribuem publicidade (política) banhada em mentira; a corrupção, entre governantes e políticos, salvo raras excepções, faz-se do Minho ao Algarve em todos os sectores da vida nacional.
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Em defesa do Ermal

No Jornal de Vieira N.º 1183 de 01/10/2023, em espaço “Opinião”, encontrei-me com um texto alusivo a um grupo de cidadãos em movimento pela defesa ambiental do Ermal. Li-o com atenção, pois conhecendo eu bem essa zona que muito estimo e aprecio, não resisti a elaborar uma breve opinião sobre o que está em causa.
Questiona-se um projeto de construção turística sustentado num campo de golfe de 18 buracos, dezenas de habitações e outras estruturas, tudo isto considerado nefasto, “pois irá contribuir para o aumento da poluição da água e do agravamento da pressão sobre a albufeira da barragem do Ermal”, ao que acresce a defesa da biodiversidade que caracteriza a localidade, a qualidade da água, a beleza da paisagem, espaço aberto por onde na época de verão muitos veraneantes por ali passam incentivados por praticas desportivas na albufeira da barragem. Neste caso o problema será as condições de acesso, o estacionamento, outros como guarda e seguranças que por falta de correto conhecimento não posso aqui precisar.
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Perdemos a memória…pessoal e coletiva?

Perdemos a memória…pessoal e coletiva? Por ocasião do recente ‘dia de fiéis defuntos’ podemos ver – ainda não é reconhecer – um sinal algo perigoso da nossa condição e cultura coletiva e como reflexo de muitas atitudes pessoais: um abandono crescente da ausência das pessoas a recordarem – de forma assumida e pública – a lembrança dos seus mortos, antepassados, familiares ou não.
Sou procedente de uma região do país com outra vivência e envolvência social, onde o respeito pelos mortos tem quase um culto exacerbado. E aquilo que vejo não só me custa como me escandaliza. Por isso, esta breve partilha, reflexão ou quase grito de revolta não só quanto ao presente, mas atendendo ao futuro próximo.
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O que sabemos de espiritualidade

A última edição de «O Jornal de Vieira», deu notícia do Congresso Internacional de Espiritualidade e Mística, que vai ter lugar em Braga, de 24 a 27 de Abril. Uma boa notícia numa altura em que a espiritualidade passou a ser um tema atraente para muitos “leigos na matéria”.
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Da pasta à mochila…estilo ou mentalidade?

Num destes dias as imagens de entrada dos membros do governo para uma reunião de trabalho era, em todos, idêntica: cada um levava a tiracolo uma mochila para o convénio. Em tempos recuados era costume ver os senhores mi­nistros transportarem os documentos ‘em pastas’, num arranjo e arrumação dos assuntos de modo visível. Agora os dignitários governa­tivos mais parecem alunos a irem para a escola com as suas coloridas mochilas, sa­be-se lá se carregadas de so­nhos ou maceradas pelos in­sucessos… Isto será moda (estilo) de ‘eterna juventude’ ou mudança de mentalidade?
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O equinócio do Outono a anunciar a nova estação do ano

O equinócio do outono, fenómeno natural que se inicia a 23 de setembro, assinala a transição do verão para a nova estação, introdutora de um outro sentir que o universo nos faz chegar. As temperaturas começam a dar sinais de que o frio se aproxima, a luz solar é menos agressiva, com uma projeção de luminosidade mais serena, agradável, trans­missora de tranquilidade. Os dias encolhem, as noites tor­nam-se longas até que o solstício de inverno chegue. E aí começa a sua inversão.
Neste contexto de mudança, referencio em particular, a be­leza das cores outonais, que despertam para a forma co­mo as folhas se apresentam no momento de terminar a função que lhes tinha sido atribuída. Pela sua diversidade, somos levados a contemplar o mesclado, belo e sensível das suas cores. Ao olharmos com atenção o processo de mu­dança perceber-se, nesse enquadramento, que tudo que é vida tem princípio, mas também tem fim. Terminam a sua obrigação, despendem-se de quem lhes deu vida e as ajudou a contribuir para o bem de quem delas, de uma for­ma ou de outra, precisou. A natureza vai descansar, ad­quirir energias para a retoma a que o equinócio da prima­vera obriga.
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As nossas contas com os césares

Todos conhecemos bem a resposta dada por Jesus aos que queriam encontrar um pretexto para pôr em causa, o que ensinava: “Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”.
O nosso primeiro dever de cidadania, obriga-nos a ter as contas em dia com quem nos governa, a come­çar pelos impostos neces­sá­rios para satisfazer as necessidades básicas de to­da a sociedade e acabar na substituição da crítica, pelo diálogo.
Outros deveres existem como o de cumprir regras gerais como as de trânsito.
Como ninguém consegue sobreviver sozinho, estas re­gras e leis estabeleceram-se para nos ajudar a viver em sociedade.
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BICADAS DO MEU APARO

Plásticos, restos abortivos e devassidão

Quem lê o folheto que acompanha qualquer medicamento, fica a saber para que serve, quais os seus efeitos secundários, bem como outras informações de interesse médico: um porque receita e o utente porque o gastará.
Tudo bem, óptimo e viva a república!
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A “morte e suas incidências”

Não estranhem, meus amigos e conterrâneos, hoje e aqui versar tão tenebroso tema, mas sendo um assunto tão sério, que a todos nos toca, achei pertinente falar da morte. Ela é de facto o complemento da vida, e é ao mesmo tempo a única coisa que temos a certe­za, mesmo por antecipação que nos acontecerá. Vá­rios vultos de espírito universal se debruçaram sobre a morte, como por exemplo Shakespeare que escreveu; «Há uma lei geral, em que tudo que vive tem de morrer, passando pela vida a caminho da eternidade». Também Sócrates nos deixou escrito, que «Ninguém sabe o que seja a morte, ninguém pode afirmar que ela não seja para o homem o maior de todos os bens».
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A catequese é benéfica para a educação dos filhos?

Assim, como há muitos pais que já não batizam os seus filhos, deixando para mais tarde essa “res-­ pon­­sabilidade ou opção” para eles, muitos outros questionam se vale a pena, se é benéfico, levarem os fi­lhos à catequese.
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