Inspirado pelo pensamento social católico, admirador de personalidades como o padre, teólogo, filósofo e paleontólogo jesuíta Teilhard de Chardin, o líder da Democracia Cristã italiana Alcide de Gasperi ou o bispo português da Beira (Moçambique), Sebastião Soares de Resende, Adriano Moreira foi o político português que mais se assumiu como da corrente democrata-cristã. Académico reconhecido, passou pela política enquanto ministro do Ultramar no Estado Novo e líder do CDS já durante a democracia. Adriano Moreira morreu em Lisboa neste domingo, 23 de Outubro, mês e meio depois de completar 100 anos, a 6 de Setembro.
Reagindo à sua morte, numa declaração aos jornalistas divulgada pelo Patriarcado de Lisboa, o cardeal Manuel Clemente disse que Adriano Moreira tinha uma “preocupação fortemente humanista” inspirada no pensamento social católico. A última conversa que o patriarca tivera com ele foi há cerca de 15 dias, quando o professor manifestou o desejo de conversar sobre o futuro da doutrina social da Igreja.
Portugal fica devedor de Adriano Moreira e de “pessoas como ele”, disse ainda o cardeal-patriarca: “Pessoas íntegras, que se mantêm fiéis ao seu pensamento, quando é assim tão verd ...
Comentários
Comentar artigo