Que rica peça! De improviso, pois desta vez não houve tempo para encenações, os atores espalharam-se ao comprido.
Depois das bofetadas virtuais do ex-ministro que se tornaram bilhete de saída do Governo, temos um secretário de estado a contradizer o primeiro-ministro e este a desautorizar e a dar um autêntico “puxão de orelhas” àquele. Nas decisões governativas essenciais, mais uma trapalhada trágico-cómica! Bastou os agentes culturais saírem à rua para os portugueses perceberem que não existe nem política nem estratégia cultural no nosso país.
Apesar da nossa Constituição consagrar o direito à criação e à fruição cultural, muitos são ainda os que questionam a importância da criação artística e da diversificação cultural na coesão social de uma Nação. Podemos, ainda, afinal, questionar, na essência, o que nos distingue dos outros animais? A Cultura, obviamente! A Cultura é apanágio do Ser Humano. Partilhámos com os outros primatas uma herança genética – a Natura – mas a herança cultural - a Cultura - é o exclusivo humano que nos libertou do primitivismo que aprisiona os outros animais. A Cultura é a essência da Humanidade. Ou, citando T.S.Eliot, “Cultura pode até ser descrita simplesmente como aquilo que torna a vida digna de ser vivida”.
Infelizmente, a Cultura sempre foi e continua a ser o parente pobre da Democracia portuguesa. Nada que admire os mais atentos, uma vez que somos, cada vez mais, salvo raras exceçõ ...
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