50 Anos Jornal de Vieira  1972 - 2022

Opinião

NOSSO DESTINO?

Eternidade ou aniquilamento

          

A nenhum outro ser vivo se pode aplicar esta alternativa relativamente ao seu destino final,
senão ao homem. Com efeito, tanto os animais como as plantas estão simplesmente destinados à morte, e depois desta, à corrupção e total aniquilação. Na morte, que ocorre naquele preciso momento em que o princípio vital deixa o corpo, se inicia a última fase do que resta daquela vida. Os seus restos mortais vão, por sua vez, também entrar em decomposição e, esta terminada, nada mais resta daquela vida. Na verdade, tudo acabou, a vida dele terminou com a morte; e os seus restos mortais acabaram com a decomposição, destruição ou aniquilamento. Dali em diante, dele, só resta uma reminiscência, que não é senão uma ideia ou imagem que dele temos gravada na memória e que podemos re­cordar ou evocar sempre que queiramos. Porém, advirta-se que, nesta evocação de passadas memórias, já se não lida com vidas, mas apenas com ideias ou imagens delas. Estas ideias ou imagens do passado, que compõem a lista particular de memórias que cada um tem, podem ser recordadas ou evocadas a qualquer momento. A vida das plantas e animais acaba, pois destina-se ao aniquilamento.


Quanto ao destino do homem, há duas opiniões principais. Segundo uns, os ateus, a alma ou espírito vital que dá vida ao corpo, desaparece ou acaba no momento da morte, exactamente ...

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