Também a lagarta, um dia, compreendeu que tinha de se encerrar. Parecia inevitável: havia uma força que estava em todo o lado e crescia também, fibra a fibra, por dentro dela.
Todas as outras lagartas estavam a fazer a mesma coisa.
Ela mesma construiu o seu casulo, sem vontade, lentamente. Era o fim. Ia perder tudo: aqueles festins de folhas tenras, o orvalho e as brisas, as longas caminhadas de uma extremidade do ramo até à outra.
E havia algo de raiva nos gestos com que, fio após fio, se amortalhava.
Ia morrer. Mas era tão nova ainda! Nem sabia o que era a morte: não chegara a ter tempo para pensar nisso.
E foi de repente que aquilo sucedeu. Nunca chegaria a saber como ad ...
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