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Opinião

Celebração da Páscoa

          

A celebração da Páscoa, pelo menos na perspetiva que é nossa, não é outra coisa senão reconhecer que, mesmo num mundo de medos e angústia, de sofrimentos e morte, a Alegria é possível, a Paz é real, o Futuro faz sentido, a Liberdade tem consistência, a Esperança renasce de e na verdade. Karl Rahner, um dos maiores teólogos católicos do século XX, costumava dizer que o Mistério da Ressurreição pode ser comparado à primeira erupção de um grande vulcão antes adormecido, uma erupção, portanto, que nos mostra a evidência do que se passa nos bastidores, e que é isto: o Fogo do Amor de Deus crepitando, sempre pronto a emergir, no coração do mundo e alojado no coração da gente! Mas há uma dificuldade, por vezes, difícil de superar, e é esta: de tão próximo que de nós está o Amor de Deus até ao ponto de se alojar em nossa mesma vida e na substância do nosso mundo, nós tendemos a nem sequer ver, ou simplesmente reconhecer, o Fogo que, por virtude da Ressurreição de Cristo, arde já em nós e na realidade que nos circunda! Daí a inequívoca importância da celebração anual do Mistério Pascal; daí a vital significação do Anúncio que neste tempo como Igreja somos chamados a fazer: “Cristo Ressuscitou, Aleluia!”


A alegria da Páscoa vem do conhecimento que temos, conhecimento experimentado, mas também recebido de uma enorme cadeia, uma tradição quase infinita de testemunhas e agentes do bem ...

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